Leonardo da Vinci: O Homem Vitruviano, 1492 |
No meu poema ficaste
de pernas para
o ar
(mas também eu
já estive tantas vezes)
Por entre versos vejo-te as mãos
no chão
do meu poema e os pés tocando o título
(a haver quando eu
quiser)
Enquanto o meu desejo assim serás:
incómodo estatuto:
preciso de escrever-te
do avesso
para te amar em excesso
Ana Luísa Amaral, in "366 poemas que falam de amor",
Lx: Quetzal, Ed., 2009
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