sábado, 14 de janeiro de 2012

Mais alguns pequenos subsídios para a questão das "natas"

Esta história das natas mexeu comigo a sério, sobretudo por se tratar de um dos meus bolos favoritos: ainda morno,  com um leve polvilho da canela, acompanhado por um  café... Insuperável. A simples proposta da sua adulteração, ainda por cima feita com aquela ligeireza, deixa-me francamente irritada. Por isso aqui vai:

1. Alguém devia dizer ao senhor ministro que a ideia não tão inovadora assim, pois isso já está a ser feito em grande escala aí pelo mundo fora por uma cadeia de fast food concorrente da McDonalds: a KFC ou Kentucky Fried Chicken. Em Taiwan, por exemplo vendem-se com grande sucesso as "egg tarts", publicitadas como uma "autêntica receita de Macau, com fabrico diário". Tenho dúvidas de que as "natas" nacionais consigam competir com semelhante engrenagem:


2. Por muito que os consumidores em Taiwan, e por esse mundo fora, estejam satisfeitos com as "egg tarts" do KFC, elas pouco ou nada terão que ver com estas aqui. Ora tentem lá franchisar este savoir faire, a ver se são capazes.

3. A leitura deste texto introdutório ao livro "Fabrico Próprio - O design da pastelaria semi-industrial portuguesa", editado em 2008 pelo projeto Pedrita (Rita João, Pedro Ferreira e Frederico Duarte, também se recomenda a quem (incluindo aqui o próprio "Álvaro") quiser saber mais alguma coisa sobre a autêntica pastelaria portuguesa para além da designação genérica de "natas".

4. Já agora, era capaz de apostar que foi aqui que o "Álvaro" foi buscar a ideia do franchising das "natas":



5. Certo, certo é que, apesar de por cá a cotação das "natas" ter subido em flecha nestes últimos dias, mas não me parece que seja por esta via que vamos resolver a crise... nem que esta gente seja lá muito séria.

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