quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cortar ou não cortar, eis a questão

O professor Gaspar tem pela frente mais um dilema: Bruxelas exige agora o corte definitivo dos subsídios de férias e de natal. E, como sabemos, Bruxelas - via troika - é quem mais ordena. Vai daí, a fazer de conta que ainda pode decidir alguma coisa logo o professor Gaspar veio dizer que «nã-o se-nh-or, na-da di-sso», é a-pe-nas um cor-te tem-po-rá-rio» a ver se alguém ainda morde o isco. Mas, claro, como os chefes lhe devem ter logo ligado a  perguntar se estava armar-se em engraçadinho, lá ficou o homem entre a espada e a parede.

Sem demora, logo o primeiro-(des)governante da távola rectangular nos veio salvar a todos do mortal pecado do incumprimento, com a fórmula mágica para agradar a lusos e troikanos: os subsídios voltarão a ser pagos mas ... só lá para 2015 e vamos com calma. Ou seja, já não em 2014 como estava previsto no acordo de resgate inicial. Ou seja: nim, vamos (re)cortar os subsídios e enfeitar com muitos folhinhos que é a melhor forma de ganhar tempo a ver como é que a gente lhes vai dizer que não voltam a ter subsídio, sem que haja um levantamento de rancho. Sim, que temos de manter o povo sereno, pois não queremos cá confusão e barulho nas ruas.

O homem lá conseguiu respirar de alívio. Tão aliviado que até recuperou o sentido de humor e deu uma espécie de risada, hoje, em pleno parlamento ... mas nós é que, mais uma vez, ficámos todos a miar...

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