segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Revisitar o mito

Tiziano, Sísifo, 1548
O amor é a mais perigosa das doenças sexualmente transmissíveis, sobretudo porque aquele/a que a transmite raramente é portador/a ou apresenta sintomas de tal maleita. Na ausência de vacina ou de qualquer outro tratamento farmacológico, a taxa de sobrevivência a este tipo de infecção viral depende sobretudo da capacidade de cada um para criar anticorpos que reforcem o sistema imunitário contra tais aflições (actuais ou futuras). 

Sabemo-nos imunizados quando tudo se começa a resumir a uma simples função biológica. E, no exacto instante dessa tomada de consciência, deixamos de carregar o familiar pedregulho, para começarmos a senti-lo dentro de nós. Depois, é só deitar e rolar... pela encosta abaixo.

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