segunda-feira, 29 de abril de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
Sacana de país
onde as únicas - e fartas - ofertas de emprego são a calcorrear o pais porta a
porta, para impingir telefones, telemóveis, internet e televisão a pessoas que
não querem, não precisam, nem pediram tal coisa
Sacana de país este
onde as "grandes" empresas, para crescerem ainda mais, em vez de baixarem
os preços, preferem contratar hordas de desesperados dispostos a tudo em
troca de uns cêntimos, para irem aliciar e surripiar clientes às empresas da
concorrência
Sacana de país este
cheio de idosos sós e fragilizados, presas fáceis de sacaninhas sem escrúpulos
que ganham à peça, ou se calhar por cabeça, e se devem achar os maiores ao
fim do dia porque conseguiram engolir mais uns quantos pacóvios
Sacana de país este
onde quem é forçado por todas as vias a assinar uma proposta de adesão que,
na verdade, vale como um contrato, não tem sequer direito a ficar com uma cópia
para poder saber, por exemplo, que umas das cláusulas constantes do verso da
folha que assinou, diz que tem um período para renunciar ao contrato obtido em
tão duvidosas circunstâncias
para poder saber, por exemplo, que umas das cláusulas constantes do verso da
folha que assinou, diz que tem um período para renunciar ao contrato obtido em
tão duvidosas circunstâncias
Sacana de país este
onde, explicada e denunciada a situação ao serviço de apoio ao cliente, só há
uma resposta: assinou, tem que pagar, durante 24 meses!
uma resposta: assinou, tem que pagar, durante 24 meses!
Sacana de país este
onde os consumidores só têm um dever e um direito: pagar!
onde as "grandes" empresas deixaram de ter rosto e, perante uma situação
anómala, pura e simplesmente, não há com quem falar, não há com quem reclamar,
ou a quem expor o caso de viva voz
Sacana de país este
onde as "grandes" empresas florescem impunes à conta de esquemas de
ludíbrio e predação aos mais indefesos consumidores e onde, ainda não satisfeito
Sacana de país este
Mas ó sr. Belmiro, veja lá bem o que diz, olhe que se calhar um povo "educado" como apregoa, quando lhe batessem à porta os sacaninhas dos seus angariadores sem escrúpulos, se calhar, pegava mas era num belo varapau e corria com eles à merecida paulada no lombo.
E já agora, se a assistir a essas suas altissonantes preleções, estivesse algum elemento desse tal "povo educado" de que fala que erguesse a voz para o mandar para o raio que o parta, a si e às suas ideias para o país, também era uma excelente coisa!
sexta-feira, 26 de abril de 2013
quinta-feira, 25 de abril de 2013
"25 de Abril", 39 anos depois
Há 39 anos foi assim:
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen
Hoje, ao que parece, resta-nos arranjar forças para aguentar a "fadiga de austeridade" e, sobretudo, para suportar a demagogia e a solene vacuidade dos discursos políticos na Assembleia Par(a)lamentar (ver video aqui).
Bom povo português!
Bom povo português!
terça-feira, 23 de abril de 2013
Livro
Painéis de S. Vicente de Fora (pormenor do painel central); imagem daqui |
Eu sempre usei livro pra tudo.
Pra saber ler,
pra altear pé de mesa,
pra aprender a usar a imaginação,
pra enfeitar sala, quarto, a casa toda,
pra ter companhia dia e noite,
pra aprender a escrever
pra sentar em cima,
pra rir, pra gostar de pensar,
pra ter apoio num papo,
pra matar pernilongo,
pra travesseiro,
pra chorar de emoção,
pra firmar prateleiras,
pra jogar na cabeça do outro na hora da raiva,
pra me-abraçar-com, pra banquinho pro pé.
Eu sempre usei livro pra tanta coisa
que a coisa que mais me espanta
é ver gente vivendo sem livro.
Lygia Bojunga Nunes
Smells like content
Se há dias para tudo, por que não (também) um dia do livro? Mal pelo menos não deve fazer...
segunda-feira, 22 de abril de 2013
domingo, 21 de abril de 2013
De passagem, a paisagem - X
sexta-feira, 19 de abril de 2013
quarta-feira, 17 de abril de 2013
segunda-feira, 15 de abril de 2013
sexta-feira, 12 de abril de 2013
quinta-feira, 11 de abril de 2013
quarta-feira, 10 de abril de 2013
terça-feira, 9 de abril de 2013
segunda-feira, 8 de abril de 2013
domingo, 7 de abril de 2013
sexta-feira, 5 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Aforismos de um tempo em que está tudo doido...
... ou em estado de sítio
Faz tu, que o Governo não sabe;
Guarda bem o Tó-Zé Seguro que ainda aumentas o juro;
É mau sinal quando se vai ao Constitucional;
A cada um dá Deus o frio consoante o cobertor e dá Cavaco um discurso consoante o ouvidor;
Diz-me o que tens, mas não declares ao fisco, que isso hoje em dia é um grande risco;
Guarda bem o Tó-Zé Seguro que ainda aumentas o juro;
É mau sinal quando se vai ao Constitucional;
A cada um dá Deus o frio consoante o cobertor e dá Cavaco um discurso consoante o ouvidor;
Diz-me o que tens, mas não declares ao fisco, que isso hoje em dia é um grande risco;
Enquanto há dívidas há troika;
Ladrão que sucede a ladrão, já está na administração;
Ladrão que vence ladrão lá ganhou uma eleição;
Ladrão que só ganha um tostão ou é honesto ou aldrabão;
Não há prova mais certa de delito do que o contrato de uma parceria público-privada escrito;
Ninguém está tão mal que não possa estar pior e ninguém te assegura que esta crise não te manda desta para melhor...
Comendador Marques de Correia, "Cartas Abertas" (excerto); in Expresso; 22/9/2012
Ladrão que sucede a ladrão, já está na administração;
Ladrão que vence ladrão lá ganhou uma eleição;
Ladrão que só ganha um tostão ou é honesto ou aldrabão;
Não há prova mais certa de delito do que o contrato de uma parceria público-privada escrito;
Ninguém está tão mal que não possa estar pior e ninguém te assegura que esta crise não te manda desta para melhor...
Comendador Marques de Correia, "Cartas Abertas" (excerto); in Expresso; 22/9/2012
terça-feira, 2 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Estranha interrogação..
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