segunda-feira, 12 de maio de 2014

As dúvidas da CNE e a campanha eleitoral

Ao que parece a CNE ficou com "dúvidas" (ler notícia aqui) sobre as verdadeiras intenções do governo ao decidir apresentar, no próximo dia 17, um documento dito de "estratégia para o futuro", com o qual se pretende assinalar a suposta saída da troika do país (ler  notícia aqui). Permitam-me, senhores, que vos esclareça. É que a coisa parece complicada, mas na verdade é assaz simples de entender.

A campanha eleitoral - a que hoje se iniciou oficialmente, ou qualquer outra - é feita apenas com um único intuito:


Já a respeito do conteúdo do tal documento dito de "estratégia do governo para o futuro" também não há muito que saber...





Em circunstâncias ditas "normais" estaríamos, de facto, perante uma contradição e assim se justificariam as dúvidas existenciais da CNE: então andam os candidatos a palmilhar o país de lés-a-lés, a mostrar a cenoura ao povinho e o povinho todo contente a aplaudir nos jantares-comício e a pedir canetas e sacos de plástico e o governo já nem se dá ao trabalho de esperar pelo dia das eleições e tira a dita cenoura assim às escâncaras? Mas que é isto? Já não há decoro? 

Contudo, a CNE pode ficar tranquila. É que os profissionais da política há muito tempo perceberam que o povo é sereno. Tão sereno que, existir ou não uma cenoura na ponta da vara, é já só um mero detalhe, pois a verdade é que o povo parece que já nem precisa de cenoura. Basta-lhe apenas a vara para seguir em frente...


Por isso, a cenoura só lá está - refiro-me, é claro, à campanha eleitoral - por uma questão de tradição e porque, assim, sempre a vara tem melhor aspeto aí nos outdoors e mupis que cobrem o país de norte a sul. Não precisa, pois, a CNE de se inquietar: está tudo bem, repito, o povo é sereno e não será a varejada (mais uma) de dia 17 que vai exaltar os ânimos. Pode a CNE estar muito descansadinha que, no próximo dia 25, tudo como dantes no quartel de abrantes:

Ler notícia aqui

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