Além de um sentido de humor muito peculiar, no meu amigo Mário sobressai uma visão inconveniente sobre o género feminino, incómoda sobretudo por ser tão desapiedada. Das mulheres - colegas de profissão - que se mostram mais intransigentes com o seu laxismo empedernido várias vezes lhe ouvi dizer que eram "mal-fodidas".
Ouvi e nunca esqueci porque, para mim, sempre foi "fodido" perceber como a sua grosseria era, afinal, tão certeira. Instinto de macho experiente que cheira o odor da frustração à distância e sabe bem demais como ela envenena lentamente os dias todos. Nunca lho disse, mas cá bem no fundo sempre admirei esta sua perspicácia impertinente.
Ouvi e nunca esqueci porque, para mim, sempre foi "fodido" perceber como a sua grosseria era, afinal, tão certeira. Instinto de macho experiente que cheira o odor da frustração à distância e sabe bem demais como ela envenena lentamente os dias todos. Nunca lho disse, mas cá bem no fundo sempre admirei esta sua perspicácia impertinente.
Tenho pensado bastante nisto ultimamente e quando o encontrar por aí gostaria até de discutir com ele a possibilidade de incluir uma nova categoria nesta sua cosmovisão do feminino: a categoria das mulheres "não-fodidas". Aquelas "são fodidas" porque picam os miolos a toda a gente, enquanto estas "estão fodidas" porque, pensando bem, picam é os próprios miolos na vã tentativa de perceber o que terão feito de errado ou onde terão falhado. Entre este "ser" e este "estar" existe todo um tratado ontológico sobre o qual, amigo Mário, ainda um dia havemos de trocar umas ideias...
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