na tua pele patinada escrevo
a saliva
todo o léxico do desejo
numa espécie de secreta (re)invenção
da linguagem dos pês
que a brisa vespertina logo vem apagar
enquanto suave
te passa a mão pelo peito
ponta
penugem
perna
pé
pele
principia
peço
pega
pressa
perto
perfume
pertenço...
e mesmo quando os (a)braços
já não se confundirem
e as pernas inquietas
já não se procurarem
mesmo quando já não houver
pele para saciar esta fome
haverá sempre
esta macia porção de tarde sob a macieira
o voo rasante do meu olhar sobre o teu corpo
e o jogo de luz e de sombras
(d)escrito a saliva no teu torso desnudado
todo o léxico do desejo
numa espécie de secreta (re)invenção
da linguagem dos pês
que a brisa vespertina logo vem apagar
enquanto suave
te passa a mão pelo peito
ponta
penugem
perna
pé
pele
principia
peço
pega
pressa
perto
perfume
pertenço...
e mesmo quando os (a)braços
já não se confundirem
e as pernas inquietas
já não se procurarem
mesmo quando já não houver
pele para saciar esta fome
haverá sempre
esta macia porção de tarde sob a macieira
o voo rasante do meu olhar sobre o teu corpo
e o jogo de luz e de sombras
(d)escrito a saliva no teu torso desnudado
1 comentário:
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