domingo, 31 de março de 2013

Do fim do "silêncio" ao fim do "exílio"

Como forma de promover o espaço/tempo de José Sócrates como novo comentador político da RTP, a estação não se cansa de repetir que a entrevista da semana passada foi vista por 1 milhão e 700 mil espectadores, o que corresponde a uma quota de mercado de 37% (ver aqui).

É quase tão óbvia como inevitável a analogia: se fossem votos era o fim do exílio dourado em Paris (que distância tão conveniente!) e o regresso em ombros ao poder. Muitos socialistas devem mesmo suspirar com nostalgia de cada vez que ouvem estes tão promissores números...

Mas, como a história recente tão bem tem demonstrado, nada como ir à televisão dar uns palpites em tom de sabe-tudo para fazer o milagre da multiplicação dos apelos ao patriótico regresso à "luta" pelo poder e pelos votos. Aliás, este "regresso" triunfal -  e logo à estação pública - indicia que os tempos vão estando de novo maduros para o ps de Sócrates. Tanto que até já o Jorge Coelho saíu da sua toca empresarial para lhe dar uma ajudinha...

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