Os auto-qualquer coisa - ajuda, motivação, conhecimento, hipnose, ... - estão na moda. Parece-me até que o filão popularizado por Dale Carnegie se tornou inesgotável nesta nossa sociedade cada vez mais desumanizada e materialista.
A Google crava paulatinamente pequenos anúncios destes cursos em tudo quanto é página de pesquisa. No YouTube há exemplos de todos os tamanhos e feitios. Estive a ver alguns. São quase sempre formas mais ou menos sofisticadas, mais ou menos declaradas, de catequização. São sobretudo imagens e frases sabiamente exploradas por pastores, pregadores e gurus de duvidosa e misteriosa proveniência, travestidos de formadores e comunicadores (que o são, de facto, e muito bons!). Não duvido que sejam ainda melhores gestores das fortunas que vão amealhando à custa dos incautos que lhes tombam nos braços.
Nenhum deles, no entanto, me leva lá. Pelo menos por agora. Digo isto porque, se alguém tiver a ideia de promover um curso de auto-desliteralização, eu inscrevo-me logo. É que preciso aprender tudo, mas mesmo tudo, sobre como levar a vida, os factos, as pessoas e a mim mesma de forma menos literal. Talvez possa mesmo vir a ter Saramago como colega (presunção e água benta...), já que anda para aí tudo a acusá-lo de ter feito uma leitura literal da Bíblia. Enfim, como eu o compreendo...
A Google crava paulatinamente pequenos anúncios destes cursos em tudo quanto é página de pesquisa. No YouTube há exemplos de todos os tamanhos e feitios. Estive a ver alguns. São quase sempre formas mais ou menos sofisticadas, mais ou menos declaradas, de catequização. São sobretudo imagens e frases sabiamente exploradas por pastores, pregadores e gurus de duvidosa e misteriosa proveniência, travestidos de formadores e comunicadores (que o são, de facto, e muito bons!). Não duvido que sejam ainda melhores gestores das fortunas que vão amealhando à custa dos incautos que lhes tombam nos braços.
Nenhum deles, no entanto, me leva lá. Pelo menos por agora. Digo isto porque, se alguém tiver a ideia de promover um curso de auto-desliteralização, eu inscrevo-me logo. É que preciso aprender tudo, mas mesmo tudo, sobre como levar a vida, os factos, as pessoas e a mim mesma de forma menos literal. Talvez possa mesmo vir a ter Saramago como colega (presunção e água benta...), já que anda para aí tudo a acusá-lo de ter feito uma leitura literal da Bíblia. Enfim, como eu o compreendo...
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