Estamos cada vez mais calendarizados, até nas emoções. Como se, na azáfama dos dias, tivéssemos receio de nos esquecer de sentir, de viver ou de recordar datas/acontecimentos importantes, ou mesmo fundamentais. Ou como se, para não perturbar justamente essa azáfama diária com distracções supérfluas, tivéssemos relegado tais sentimentos e vivências apenas para dias assinalados no calendário. Só para brincarmos a fazer de conta que ainda sabemos como é. Como se certos sentimentos e/ou vivências fossem algo assim tipo «andar de bicicleta» (coisa que, dizem, ninguém esquece como se faz). Talvez seja por isso que, no calendário, há cada vez mais dias para tudo e para nada. Há até um dia como o de hoje.
Pirosismos, modismos, seguidismos e comercialismos à parte, talvez este dia esteja no calendário para nos lembrar a todos que o encantamento e a exultação constituem o cerne do enamoramento e são a verdadeira, única e efémera epifania do amor, embora aconteçam de forma imprevista e de improviso. Nunca em dia calendarizado (senão lá se ia todo o encanto da coisa...). Tudo o resto é conversa des-fiada.
E se, um dia, me decidir a criar um "calendário de canções" este será um dia tão bom como outro qualquer para assinalar "o dia das canções de amor". E esta canção é uma boa candidata para assinalar tal dia. Ou não fosse ela de Jacques Brel.
Pirosismos, modismos, seguidismos e comercialismos à parte, talvez este dia esteja no calendário para nos lembrar a todos que o encantamento e a exultação constituem o cerne do enamoramento e são a verdadeira, única e efémera epifania do amor, embora aconteçam de forma imprevista e de improviso. Nunca em dia calendarizado (senão lá se ia todo o encanto da coisa...). Tudo o resto é conversa des-fiada.
E se, um dia, me decidir a criar um "calendário de canções" este será um dia tão bom como outro qualquer para assinalar "o dia das canções de amor". E esta canção é uma boa candidata para assinalar tal dia. Ou não fosse ela de Jacques Brel.
1 comentário:
olha só que sorte
:
conseguir não seguir o calendário
- quem me dera
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