As incríveis bordoadas na língua portuguesa que aparecem cada vez mais onde não deviam! Esta é de ontem no Diário de Notícias online:
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Se, parafraseando livremente Ricardo Araújo Pereira numa das suas recentes crónicas, na ortografia portuguesa passou a vigorar oficialmente o corte cego das consoantes que, embora mudas, têm coisas a dizer-nos, então por que raio anda esta gente a "plantar" consoantes espúrias e, além disso, mudas, nas palavras que nunca as tiveram?!
Como é aqui o caso de "à", resultado da contracção, raios, da contração, do determinante artigo definido "a" com a preposição "a". E que, portanto, se escreve "à". Algo que não se pode confundir com "há", forma do presente do indicativo do verbo haver, até devido ao conteúdo da própria frase.
E, sobretudo, algo que o jornalista-redator do texto acima e, supostamente, portador de, pelo menos uma licenciatura, devia saber. Ou estarei enganada e, nesse tal AO, também está previsto que cada um passe a escrever como lhe dá na gana?
Addenda: como a bela da asneira teve origem na Agência Lusa e como, pelos vistos, os jornais se limitam a reproduzir acriticamente as notícias que de lá vão recebendo, o mesmo erro aparece agora também noutros jornais online (nem me vou dar ao trabalho de pesquisar nas edições em papel porque deve estar igual): Jornal de Notícias, Açoriano Oriental, Jornal da Madeira, página da TVI24. Da asneirada apenas se safa, por agora, o Público.
Addenda: como a bela da asneira teve origem na Agência Lusa e como, pelos vistos, os jornais se limitam a reproduzir acriticamente as notícias que de lá vão recebendo, o mesmo erro aparece agora também noutros jornais online (nem me vou dar ao trabalho de pesquisar nas edições em papel porque deve estar igual): Jornal de Notícias, Açoriano Oriental, Jornal da Madeira, página da TVI24. Da asneirada apenas se safa, por agora, o Público.
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