Sobre as medidas de austeridade previstas no OE para 2012 nem vale a pena estafar muito mais vocabulário. Só há uma coisa que correu menos bem, talvez por não ter sido prevista: que as generosas pensões, subsídios e subvenções vitalícias dos (ex-)políticos viessem logo agora à praça pública quando todos sabemos como, nestas coisas do dinheiro, quanto maior for a quantia envolvida, maior convém ser a discrição... Aqui estão alguns bons exemplos divulgados hoje na imprensa, nem por isso muito exemplares. Contudo sempre é bom verificar a "pluralidade" desta lista:
Só que esta pedra no sapato do OE é um autêntico calhau pois há muitos mais, como este, ou melhor, esta:
Nada mais nada menos do que a diáfana presidente da Assembleia da República, "reformada" em 1998 (ainda no tempo dos escudos), aos 42(?) anos de idade e com uma generosa verba que agora acumula com o resto, claro está, e que dá para comprar alguns alfinetes.
É por estas e por tantas outras que fico surpreendida quando leio aqui que, pelo andar apressado da carruagem, o dinheiro para as pensões e reformas acaba em 2040. Não me surpreende o mais que certo esgotamento do dinheiro, surpreende-me é ainda haver dinheiro para tantos anos, apesar de tudo. E ainda têm a lata de andar a dizer que não estamos numa situação comparável à da Grécia...
De qualquer forma, que não restem dúvidas: o que é preciso é haver dinheiro suficiente para pagar os subsídios e reformas aos ex-políticos ainda no ativo - sobretudo no setor privado. Quanto a todos os outros, ou seja, a imensa maioria que vegeta com reformas de pouco mais do que trezentos euros/mês, eles que se aguentem, até porque já estão habituados a passar necessidades... e não lhes custa tanto. Os ex-políticos é que, coitadinhos, tem que ser gradual, muito gradual mesmo, para se poderem ir adaptando à ideia...
Imagem daqui |
Só que esta pedra no sapato do OE é um autêntico calhau pois há muitos mais, como este, ou melhor, esta:
Imagem daqui, pág. 19 |
É por estas e por tantas outras que fico surpreendida quando leio aqui que, pelo andar apressado da carruagem, o dinheiro para as pensões e reformas acaba em 2040. Não me surpreende o mais que certo esgotamento do dinheiro, surpreende-me é ainda haver dinheiro para tantos anos, apesar de tudo. E ainda têm a lata de andar a dizer que não estamos numa situação comparável à da Grécia...
De qualquer forma, que não restem dúvidas: o que é preciso é haver dinheiro suficiente para pagar os subsídios e reformas aos ex-políticos ainda no ativo - sobretudo no setor privado. Quanto a todos os outros, ou seja, a imensa maioria que vegeta com reformas de pouco mais do que trezentos euros/mês, eles que se aguentem, até porque já estão habituados a passar necessidades... e não lhes custa tanto. Os ex-políticos é que, coitadinhos, tem que ser gradual, muito gradual mesmo, para se poderem ir adaptando à ideia...
Sem comentários:
Enviar um comentário