Nasceu durante a madrugada, algures no mundo, o cidadão 7 biliões. É um número grande, talvez demasiado, para ser tão pequeno, frágil e inocente, num mundo feito de números grandes, cada vez maiores.
Sete biliões é um número ao mesmo tempo simbólico e paradoxal, sobretudo para países tão envelhecidos como o nosso e tantos outros do "velho" e do "novo" mundo. Talvez por isso a desmultiplicação de informação na rede. A BBC lançou até uma aplicação online - The world at seven billion - onde cada um de nós pode situar-se no fluxo populacional e que oferece ainda alguma informação estatística contrastante. Como não podia deixar de ser, fui até lá ver para ver onde me situava na vastidão do mundo. O resultado foi este: quando nasci, no início da década de 60, estava bem mais só no mundo (demograficamente falando) do que hoje, o que não deixa de ter a sua ironia...
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Ainda de acordo com a mesma fonte, o crescimento populacional do país é o espelho encolhido do nosso próprio desenvolvimento:
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E a esperança média de vida é o que já se sabe, mas aqui ainda não entram certamente em linha de conta os efeitos, não da crise, mas dos cortes na saúde e nos apoios sociais que o governo está agora a implementar e que, para muitos idosos pobres vão ser, na prática, uma espécie de eutanásia disfarçada:
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O próprio Fundo de População da ONU tem online um contador populacional atualizado em permanência no sítio http://www.7billionandme.org/. Através da inserção dos dados pessoais o sítio fornece informação ainda mais detalhada sobre a nossa própria evolução demográfica, dezenas de pequenas "estórias de vida" contadas na primeira pessoa e, mesmo à medida da coqueluche do momento - as redes sociais -, a possibilidade de qualquer um de nós publicar e partilhar a nossa própria "estória" (ver aqui), por escrito e/ou vídeo.
Enfim, são quase tantas possibilidades como habitantes há sobre a Terra, embora se saiba já que a maior parte deles não tem, nem nunca virá a ter, grandes possibilidades.
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