segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Sou (d)aqui


N 372, Ribeira de Tira-calças; 24/2/2013





























Quando contemplo a primordial
aspereza deste chão
marcado pela estiagem
de séculos,
o trilho das águas correntes
e o verde transitório
que cobre a planura
sei-me feita desta
matéria telúrica...

Corre-me no sangue
a mesma urgência desta seiva,
vibro no canto ansioso
dos trigueirões e
tenho em mim a resignada
e lenhosa tenacidade
destes troncos.

Bem mais do que ser daqui, sou aqui.

2 comentários:

platero disse...

poema menos bom
de BOM POETA

(gosto do nome do Ribeiro

beijinho

FM disse...

Acontece. sobretudo porque quem aqui escreve não é poeta, infelizmente... :)