terça-feira, 27 de março de 2012

O justo equilíbrio

Entre muros
    tijolos vermelhos, tijolos vermelhos
espalmado
Fresta longínqua
    oblíqua
Regatos, regatos
    entre campos
    labirinto
O azul do céu encandeia
O azul do céu encandeia
e o amarelo das flores aflige
    realidade naïve
    perspectivas deformadas
    formas incontroladas
    tudo parece fora do sítio
    a despropósito
Orgia de cores
    obcecante
    irritante
Desespero
    de não encontrar o justo equílibrio

Adolfo Luxúria Canibal, In Estilhaços e Cesariny,
Assírio e Alvim - Fundação Cupertino de Miranda, 2011

Sem comentários: