São cada vez mais notórias as crescentes dificuldades económicas do Serviço Nacional de Saúde: há hospitais a pedir compressas emprestadas para poderem fazer as cirurgias marcadas (ler notícia aqui), a darem altas precoces a doentes ainda em estado muito grave, até à impensável indignidade que é a recusa de tratamento a uma doente oncológica (ler notícia aqui).
Estes são sinais muito preocupantes e graves que deviam despertar consciências e motivar os movimentos cívicos a lutar mais, muito mais, pela manutenção do SNS. Até porque nunca poderemos saber quando vamos precisar dele e, nos tempos que correm, não são muitas as pessoas que podem pagar seguros de saúde em condições. A maioria anda a pagar pouco - aquilo que consegue e pode - para depois, quando mais precisa, vir a descobrir que não passa de uma apólice ranhosa que não assegura coisa nenhuma e lá tem que se voltar para o SNS.
Estes são sinais muito preocupantes e graves que deviam despertar consciências e motivar os movimentos cívicos a lutar mais, muito mais, pela manutenção do SNS. Até porque nunca poderemos saber quando vamos precisar dele e, nos tempos que correm, não são muitas as pessoas que podem pagar seguros de saúde em condições. A maioria anda a pagar pouco - aquilo que consegue e pode - para depois, quando mais precisa, vir a descobrir que não passa de uma apólice ranhosa que não assegura coisa nenhuma e lá tem que se voltar para o SNS.
Se os nossos impostos pagam tanta coisa supérflua e perfeitamente inútil, tanto vencimento milionário e tanta mordomia indecente por que não hão de eles assegurar também a sobrevivência financeira do SNS - a qual devia, aliás, ser uma prioridade nacional? Isto antes que, para poderem realizar as cirurgias programadas, os hospitais públicos se vejam forçados a recorrer a expedientes como este.
Giuseppe Coco, In É grave, doutor?, Lx: Publ. D. Quixote, 1982 |
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