quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ao que parece já ninguém se lembra porquê


Contudo, ninguém fala - nem convém a alguns que se fale - é das razões que levaram muitas destas as famílias a este ponto. Menos ainda convém que se fale da responsabilidade dos próprios bancos nesta situação. Pois não foram eles que, durante anos e anos, bombardearam as pessoas com propostas de crédito ao consumo fácil e supostamente barato (na verdade nunca o foi) e, sobretudo, de cada vez mais créditos para casa, carro, viagens, mobílias, etc.? Chegou-se até ao cúmulo de esgrimir argumentos tentadores para atrair clientes já endividados noutros bancos, como é o caso deste anúncio datado de 96:


Agora querem o quê? Cá para mim estão é a colher aquilo que semearam... e sobre isso nunca ninguém lhes pediu explicações ou chamou a atenção. Nem o próprio Banco de Portugal, que tinha essa função. De qualquer forma, nesta, como noutras questões, quem está "malparado" não são as entidades bancárias. Essas, apesar de todas estas "cobranças duvidosas", continuam (estranhamente) a ter lucros na ordem dos milhões para dar aos seus acionistas. 

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