Aqui sou eu que faço a meteorologia e se me apetecer que chova
copiosamente durante trinta dias seguidos é isso mesmo que acontece. Se me
apetecer o contrário, idem, ibidem. Sei que há por aí ruas, cidades, metrópoles
até, cheias de sol, inundadas de flores coloridas, onde os pássaros
chilreiam 24/7. Nada contra. Mas aqui é outra coisa. Aqui sou eu e ninguém é
obrigado a gostar ou sequer a frequentar.
Quem quiser pode comentar. Mas lá está, se esses comentários depois são
publicados, ou não, dependerá inteiramente dos meus humores e é sabido que eles
são bastante (a)variáveis. E poupem-me à cantiguinha da liberdade de expressão
e da democracia que para sistema político já me basta o que temos.
Desenganem-se os navegantes que, precipitadamente, estranham aqui a
suposta ausência de pessoas. Na verdade há as suficientes e necessárias para
mim e é tudo quanto basta. O que não há, de facto, é imagens delas (por razões
que só a mim interessam) e, a partir de agora, nem sequer haverá de mim (embora
não tenha a ingenuidade de pensar que é possível a alguém esconder-se durante
muito tempo na grande rede para quem sabe, verdadeiramente, como procurar).
O que aqui não há também é paciência para aguentar quem confunde a
blogosfera com uma rede social e este blogue em particular com uma caixa de
correio sentimental. Menos paciência ainda com quem confunde cortesia e boa
educação com disponibilidade para ir ali ao lado fazer masturbação verbal numa sessão de chat, sempre com a forte possibilidade de, entretanto, ainda darmos uma
rapidinha num hangout via webcam. Na verdade, eu ainda sou do tempo em que era
tudo manual mesmo. E é justamente assim que continuo a preferir. E ainda assim só
quando, como e com quem me apetece, se me apetece, obrigada. É claro que nada
tenho contra a troca de umas ideias, de um cumprimento, nem sequer contra uma
boa conversa, ou umas piadas inteligentes, pois até tenho bastante sentido de
humor. Mas, ponto final.
Sempre que aqui posto uma imagem ou um texto é porque é exatamente isso
que quero dizer ou publicar. Se os outros entendem, ou não, não me interessa.
Não estou à procura de ser entendida. Por isso, entrelinhas(?!), mensagens
subliminares(?!), provocações(?!). Poupem-me a extrapolações delirantes,
conclusões precipitadas, preconceitos, paranóias e infantilidades várias.
De facto, aqui não há portões, muros ou vedações, por isso qualquer um
é livre de poder entrar à vontade, atravessar, voltar, ficar, ... Mas há,
contudo, um limite: o do respeito. Dele faço muita questão de não abdicar. Por isso, aqui, quem respeita também é
respeitado. Mas quem não o faz sujeita-se às consequências. E dos tempos em que
era ‘boazinha’ não me ficaram saudades.
Aqui, navegar à vista é perigoso porque há baixios escondidos sob as
águas e o mapa da costa não é de fiar. Fica, pois, feito o aviso.
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