Com a viveza das marés aprendi a cerzir
o cromatócito manto em que me envolvo,
pois o segredo da invisibilidade não é
ser,
mas parecer igual a tudo o resto.
Mas há sempre um olhar mais atento
ao gesto descuidado, ou uma súbita vibração
no ar que às vezes denuncia a secreta
identidade,
sem dar tempo à calculada fuga.
E, na aflição, um só pensamento me
assola:
por que razão, afinal, não me ensinaram
as ondas a secretar carbonato de cálcio?
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