quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Novas e ainda melhores maneiras de holocaustizar a função pública

Imagem daqui
O tão falado relatório encomendado pelo governo ao FMI, e certamente pago a peso de ourosugere a realização de um exame nacional online para decidir que funcionários públicos serão dispensados. Será que a Lagarde y sus muchachos não conseguem fazer melhor do que isto? Exames nacionais?! Ou seja, lá se vão contratar mais umas largas dezenas de consultores, assessores, amigos de amigos e especialistas vários para poder levar a coisa para a frente. Claro está, todos bem pagos com o tal dinheiro que o estado tanto quer poupar. (Já deve é andar por aí muito jotinha a esfregar as mãos de contente...) Para já não falar do descalabro que seria depois esse outro "tesourinho" nacional chamado "rankings", divulgado a seguir à publicação dos resultados... 

Podiam era ter-me perguntado a mim, que eu, inteiramente de borla e apenas pelo prazer que tenho em ajudar este governo de géniozinhos precoces para o qual trabalho com tanto gosto e motivação todos os dias da minha vida, teria dado um montão de sugestões bem melhores e que colheriam certamente muito maior receptividade por parte da "opinião pública".

Aqui deixo apenas algumas possibilidades:

1. funcionários públicos a participar em larga escala num concurso do formato "Decisão Final", naturalmente apresentado pelo Malato (isso era conditio sine qua non), onde os ditos  iriam caindo no 'vazio' um a um para grande gáudio dos espectadores, enquanto o público no estúdio aplaudia tudo freneticamente.

2. outros tantos a integrarem o casting de um reality show em horário nobre, do tipo "Casa dos Segredos", animado pela etérea Teresa Guilherme, e de onde seriam 'expulsos' com a ajuda da televotação do público. 

3. mais umas dezenas de milhares a ouvir até ao fim o anúncio da Samsung com o grande "deseijo da Flipa Xaviere p'ra dois mil e treuze de possuire umamálaChánele" - e ser depois levado para a ala psiquiátrica de um qualquer hospital público em estado catatónico. Sim, porque o estado é 'social' e não abandona assim os funcionários públicos aí nas ruas da amargura...

Não posso deixar de sublinhar que estas soluções têm ainda o grande mérito de deixar o governo com as mãos totalmente limpas, pois tudo correria por conta de terceiros, como convém nestas melindrosas matérias do "corte das gorduras do estado". para já não falar do quanto o povinho andaria entretido, deixado assim alguma margem para manobras governativas tão ou mais brilhantes ainda do que estas (se é que tal é possível...). 

Fico, pois, à espera de ver a Lagarde a fazer melhor do que isto! E à borla, ainda por cima...

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