Falam, falam, falam, falam mas eu não os vejo a fazer nada! Fico chateada, mas concerteza que fico chateada... sobretudo depois de ouvir a notícia repetida pelo menos umas 40 vezes num só dia e estando bem consciente de que, depois dos telejornais, dos programas da manhã e da tarde, tudo vai continuar exatamente na mesma até à próxima notícia de mais um ou dois casos idênticos.
Na verdade, estas são as notícias de um Portugal que já não está a "entristecer", como dizia Fernando Pessoa, mas sim a envilecer.
Na verdade, estas são as notícias de um Portugal que já não está a "entristecer", como dizia Fernando Pessoa, mas sim a envilecer.
São hoje especialmente verdadeiros e até dolorosos os versos de Pessoa:"Ninguém conhece que alma tem, / nem o que é mal nem o que é bem. / (Que ância distante perto chora?) / Tudo é incerto e derradeiro. / Tudo é disperso, nada é inteiro. / Ó Portugal, hoje és nevoeiro..." ("Nevoeiro", In Mensagem, 1934)
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