Abordagem americana:
Abordagem egípcia:
Abordagem brasileira:
E a abordagem portuguesa:
De salientar que, nas três primeiras, há uma punição clara para o(s) aluno(s) infratores. Pode é questionar-se se essa punição é proporcional e adequada à gravidade da infração cometida, ou não. Também não podemos esquecer que estas são decisões a quente, tomadas em situações-limite, quando os nervos cedem. A quarta - a aula portuguesa - é aqui a exceção claramente reveladora do descrédito e da desautorização a que os docentes têm sido sujeitos nesta última década, por via sobretudo do "eduquês" (veja-se, a título de exemplo, o Estatuto do Aluno e o do Professor) e da funcionarização a todo o custo da profissão docente. A reação da professora portuguesa (ou melhor, a falta dela) -aos desordeiros que infernizam a aula, tanto a ela como aos outros alunos que querem, de facto, aprender alguma coisa, é, nas atuais circunstâncias, a única possível.
Embora confesse que, às vezes, vontade não me falta, nem sequer consigo imaginar o vendaval que se levantaria se algum dia perdesse a paciência e decidisse agarrar num telemóvel e atirá-lo ao chão como faz o professor brasileiro neste vídeo. Basta lembrar o tristemente célebre caso ocorrido na Escola Secundária Carolina Michaelis do Porto em 2008 (ver aqui). A nossa atitude coletiva sobre a "incómoda" questão da indisciplina nas salas de aulas portuguesas tem sido o silêncio, só quebrado pelos "casos" que, de vez em quando, chegam aos media. É que a questão vai muito para além da própria sala de aula e estende-se quer às famílias, quer à própria sociedade. Vamos ver até quando conseguiremos manter este silêncio ensurdecedor.
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