Primeiro foi o PS que, durante anos, se esteve a marimbar para todos nós atolando o país em projetos/planos/investimentos ruinosos, pensados à pressa e sem qualquer interesse para um crescimento económico racional e sustentável. Estamos agora a pagá-los com o descrédito internacional e as elevadíssimas taxas de juro de todos conhecidas.
Agora vem este bronco e jactancioso deputado e vice-presidente da bancada parlamentar do PS gritar bem alto coisas como esta: Estou a marimbar-me que nos chamem irresponsáveis. Temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses. Essa bomba atómica é simplesmente não pagarmos; Ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos". E vem dizê-lo agora, sabendo (ou talvez não saiba) que estamos há meses com um corte nos salários, que acabámos de receber apenas metade do subsídio de natal - e sabemos já que nos próximos dois anos nem isso vamos ter -, que estamos a gastar mais de metade do nosso vencimento em impostos de toda a ordem, que centenas de milhares de portugueses já perderam o emprego e duvidam que voltem a conseguir arranjar outro, que milhares de reformados e pensionistas estão à beira do desespero; que milhares de jovens - a geração mais qualificada de sempre no país - são forçados a emigrar porque aqui já lhes retiraram toda a esperança de um futuro digno, etc, etc. E tudo isto porquê? Porque estamos já a pagar as consequências - e as dívidas associadas - da megalomania e da incompetência dos sucessivos (des)governos deste país nas últimas duas décadas. A meu ver, e ao contrário do que alguns nos querem fazer crer, a explicação para este chorrilho de patacoadas não é nem "metafórica" nem "imagética", mas apenas "contextual" (aí o "líder" parlamentar tem toda a razão): a criatura ainda não sentiu a crise na carteira e, por isso mesmo, sente-se à vontade para alvitrar desta forma com os sacrifícios alheios.
Pois é por esta e, sobretudo, por muitas outras antes desta, que eu também me estou a marimbar e muito! Estou-me a marimbar para o PS, da mesma forma que me estou a marimbar para a atual coligação governativa. Estou-me a marimbar para estes medíocres que andam por aí a animar jantares-comício para ganhar a (boa) vidinha. Estou-me a marimbar para um 'deputado da nação' - certamente com pretensões a ministro num próximo governo PS (lagarto! lagarto! lagarto!) - tão... como dizer? ...fraquinho, como este provou ser. Estou-me a marimbar para esta gentalha que faz da governação do país um jantar-comício do partido. Estou-me a marimbar para esta gentinha que, primeiro, ladra, e depois vem ganir que afinal não foi bem assim, que estava descontextualizado pois "Portugal quer pagar a dívida, (...) o PS quer que Portugal pague a dívida e (...) é completamente solidário com o cumprimento do memorando da Troika". Estou-me a marimbar e posso fazê-lo porque tenho - e sempre tive - todos os meus impostos em dia, porque estou a pagar sem falhas a minha parte nas dívidas colossais que não contraí, porque não foi - nem nunca será - com o meu voto que tal gente entrou/entrará para o Parlamento. Ao menos isso.
Pois é por esta e, sobretudo, por muitas outras antes desta, que eu também me estou a marimbar e muito! Estou-me a marimbar para o PS, da mesma forma que me estou a marimbar para a atual coligação governativa. Estou-me a marimbar para estes medíocres que andam por aí a animar jantares-comício para ganhar a (boa) vidinha. Estou-me a marimbar para um 'deputado da nação' - certamente com pretensões a ministro num próximo governo PS (lagarto! lagarto! lagarto!) - tão... como dizer? ...fraquinho, como este provou ser. Estou-me a marimbar para esta gentalha que faz da governação do país um jantar-comício do partido. Estou-me a marimbar para esta gentinha que, primeiro, ladra, e depois vem ganir que afinal não foi bem assim, que estava descontextualizado pois "Portugal quer pagar a dívida, (...) o PS quer que Portugal pague a dívida e (...) é completamente solidário com o cumprimento do memorando da Troika". Estou-me a marimbar e posso fazê-lo porque tenho - e sempre tive - todos os meus impostos em dia, porque estou a pagar sem falhas a minha parte nas dívidas colossais que não contraí, porque não foi - nem nunca será - com o meu voto que tal gente entrou/entrará para o Parlamento. Ao menos isso.
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