O primeiro-ministro já anunciou que subsídios só lá para depois de 2015, de uma forma que ele ainda não sabe como há de ser, mas que será certamente um “processo gradual”. Nem é preciso esforçar muito os neurónios para ler nas entrelinhas das mais recentes notícias que:
Não há mais subsídios para ninguém. Até 2015, ainda temos muito tempo para pensar como é que isso vai ser comunicado aos portugueses de uma forma mais eufemística. Claro que não vai ser fácil! Mas o governo já tem uma equipa de assessores altamente especializados a delinear a estratégia necessária para a criação de uma espécie de fase transitória e preparatória em que pagaremos ainda um suplemento em géneros. É por isso que estamos já a negociar um acordo de cavalheiros com a indústria farmacêutica – que também precisa de ganhar dinheiro, claro está – no sentido de esta vir a fornecer ao estado os supositórios analgésicos necessários para que os portugueses possam adaptar-se mais facilmente a esta nova etapa da vida nacional. Estou em condições de assegurar a todos os portugueses que o estado garantirá a cada um a sua caixa de supositórios analgésicos antes de anunciar o corte definitvo dos subsídios de férias e de natal. Afinal, temos que cumprir o acordo com a troika, custe o que custar. Mas, como já disse e faço questão de reafirmar, estou em condições garantir a todos os portugueses que com um supositório será bem mais fácil.
E, de qualquer forma, até lá, não há qualquer motivo para preocupação, até porque o pagamento dos ditos subsídios já está suspenso, não é verdade? Portanto, é só mesmo uma questão de formalizarmos esta situação numa lei que será, obviamente, discutida e aprovada em sede parlamentar como é normal em democracia. Repito: os portugueses nada têm a recear, pois todo este processo será, como já referi, indolor. Estamos, aliás, em condições de assegurar isso a todos os portugueses. Claro que, depois de 2015 e depois de aprovada a lei que suprime definitivamente o pagamento dos subsídios de férias e de natal, os portugueses terão então que comprar os supositórios analgésicos de que precisem, pois, como certamente compreenderão, o governo não tem condições financeiras para assegurar o pagamento desse suplemento em géneros durante muito tempo. Será mesmo só na fase inicial, que julgamos será a mais dolorosa, pois estamos convictos de que, lá para 2015, os portugueses já terão o lombo tão calejado que não necessitarão de mais do que uma caixa de supositórios analgésicos para cada um. Apelamos pois ao já conhecido espírito de sacrifício do povo português para, nesta fase difícil que o país está a atravessar, encaixarem mais esta medida imposta pelos nossos parceiros da troika. De preferência com cara alegre pois se, numa das visitas de controlo da troika, eles chegasse cá e vissem toda a gente de cara feia, isso daria uma péssima imagem do país lá fora, coisa que, como é óbvio, queremos evitar a todo o custo.
E, de qualquer forma, até lá, não há qualquer motivo para preocupação, até porque o pagamento dos ditos subsídios já está suspenso, não é verdade? Portanto, é só mesmo uma questão de formalizarmos esta situação numa lei que será, obviamente, discutida e aprovada em sede parlamentar como é normal em democracia. Repito: os portugueses nada têm a recear, pois todo este processo será, como já referi, indolor. Estamos, aliás, em condições de assegurar isso a todos os portugueses. Claro que, depois de 2015 e depois de aprovada a lei que suprime definitivamente o pagamento dos subsídios de férias e de natal, os portugueses terão então que comprar os supositórios analgésicos de que precisem, pois, como certamente compreenderão, o governo não tem condições financeiras para assegurar o pagamento desse suplemento em géneros durante muito tempo. Será mesmo só na fase inicial, que julgamos será a mais dolorosa, pois estamos convictos de que, lá para 2015, os portugueses já terão o lombo tão calejado que não necessitarão de mais do que uma caixa de supositórios analgésicos para cada um. Apelamos pois ao já conhecido espírito de sacrifício do povo português para, nesta fase difícil que o país está a atravessar, encaixarem mais esta medida imposta pelos nossos parceiros da troika. De preferência com cara alegre pois se, numa das visitas de controlo da troika, eles chegasse cá e vissem toda a gente de cara feia, isso daria uma péssima imagem do país lá fora, coisa que, como é óbvio, queremos evitar a todo o custo.
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