A bailarina emplumada
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EN 18 - 5/2/2012 |
Grácil, a garça caminha pela berma escalvada. A espaços, a brisa levanta-lhe as alvas penas do tutu e espreita-lhe o corpo esguio. De repente estaca, inclina a cabeça para o lado e fica imóvel como se escutasse a voz da terra. Depois, com um impulso do pescoço, recomeça a caminhada matinal. Em pontas, a nívea bailarina emplumada executa a solo, sobre o manto gelado do chão, o impiedoso bailado da sobrevivência. E dança com tanta graça que, visto assim de relance, o bailado da garça até parece fácil.
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EN 18 - 5/2/2012 |
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