Decididamente, a falta de tacto de alguns utilizadores do Facebook não conhece limites.
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A justificação de que o recém-nascido iria morrer dali a algumas horas devido a graves malformações congénitas e que era preciso mostrá-lo (expô-lo) aos olhos de familiares, amigos e, já agora, também de milhares de utilizadores da rede não me convence nem um pouco. Só revela, aliás, que o ténue limite entre público/privado, entre o bom senso e o mero exibicionismo bacoco está completamente estilhaçado nas redes sociais.
O FB começou por retirar as fotos, mas depois recuou perante os argumentos dos pais, alegando ter cometido um erro. Contudo, erro maior foi ter dado o passo atrás na decisão tomada. Abriu um precedente cujos efeitos podem ser assutadores.
É que, se a moda de mostrar imagens da agonia de alguém pega - sob o pretexto de que os familiares e amigos querem acompanhar essas horas finais de vida -, não faltará também a curiosidade mórbida dos que querem sempre espreitar por esta ou aquela razão, ou até sem qualquer razão. Apenas porque sim e porque lhes apetece e que depois partilharão essas imagens no seu mural, para fruição dos "amigos" virtuais. Qual respeito pelos outros e pela sua dignidade, qual carapuça.
O FB começou por retirar as fotos, mas depois recuou perante os argumentos dos pais, alegando ter cometido um erro. Contudo, erro maior foi ter dado o passo atrás na decisão tomada. Abriu um precedente cujos efeitos podem ser assutadores.
É que, se a moda de mostrar imagens da agonia de alguém pega - sob o pretexto de que os familiares e amigos querem acompanhar essas horas finais de vida -, não faltará também a curiosidade mórbida dos que querem sempre espreitar por esta ou aquela razão, ou até sem qualquer razão. Apenas porque sim e porque lhes apetece e que depois partilharão essas imagens no seu mural, para fruição dos "amigos" virtuais. Qual respeito pelos outros e pela sua dignidade, qual carapuça.
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