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Quando um governo toma uma catadupa de medidas severamente restritivas em termos de apoios sociais, subsídios e pensões, baseado na convicção de que há subsídiodependência no país e depois o ministro da tutela vem dizer (garantir, como diz o título da notícia é outra coisa bem distinta) que, no país do cada vez "menos Estado" será «sempre garantida uma protecção social» aos milhares de portugueses que todos os meses ficam desempregados;
Quando um governo anuncia com toda a solenidade que vai penalizar severamente todas as irregularidades, sobretudo a fraude e a evasão fiscais, bem como a chamada economia paralela, ou até mesmo a acumulação de subsídios e pensões com rendimentos profissionais, e um dos seus ministros vem agora revelar que está a ser preparada legislação que permitirá a acumulação de uma parte do subsídio de desemprego com rendimentos do trabalho;
Quando todas as medidas do governo são justificadas com um único e muito urgente objetivo, promover o crescimento económico e o emprego (face às estatísticas divulgadas, começa a ser difícil ao próprio governo arranjar argumentos que convençam alguém da sua bondade; acho até que já nem a própria troika acredita nisso, mas enfim) e depois um dos ministros vem dizer que, com o alto patrocínio do estado, se vai promover justamente o sub-emprego ou o des-emprego (nem quero imaginar por que valores irá ser pago esse mesmo trabalho, menos ainda consigo perceber como é que semelhante medida de total desrespeito pela dignidade das pessoas vai promover o emprego;
Então é porque há algo de errado nesta história. Mesmo muito.
Quando um governo anuncia com toda a solenidade que vai penalizar severamente todas as irregularidades, sobretudo a fraude e a evasão fiscais, bem como a chamada economia paralela, ou até mesmo a acumulação de subsídios e pensões com rendimentos profissionais, e um dos seus ministros vem agora revelar que está a ser preparada legislação que permitirá a acumulação de uma parte do subsídio de desemprego com rendimentos do trabalho;
Quando todas as medidas do governo são justificadas com um único e muito urgente objetivo, promover o crescimento económico e o emprego (face às estatísticas divulgadas, começa a ser difícil ao próprio governo arranjar argumentos que convençam alguém da sua bondade; acho até que já nem a própria troika acredita nisso, mas enfim) e depois um dos ministros vem dizer que, com o alto patrocínio do estado, se vai promover justamente o sub-emprego ou o des-emprego (nem quero imaginar por que valores irá ser pago esse mesmo trabalho, menos ainda consigo perceber como é que semelhante medida de total desrespeito pela dignidade das pessoas vai promover o emprego;
Então é porque há algo de errado nesta história. Mesmo muito.
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