domingo, 24 de abril de 2011

Campeões! Campeões!


Todos os dias vêm a público mais e mais provas de que o actual governo PS é um verdadeiro campeão. Conseguimos alcançar  a taxa de desemprego mais elevada de sempre, a economia entrou oficialmente em recessão, os juros cobrados pela aquisição de dívida pública bateram todos os recordes imagináveis (12%), o FMI já tem os seus emissários em Lisboa a trabalhar e todo o gás para ver onde é que vão cortar mais e mais ainda e, de cada vez que o Eurostat revê as contas do défice a coisa fica ainda mais negra. Agora, graças às parcerias público-privadas, no caso três novas auto-estradas (Norte litoral, Costa de Prata e Marão) o défice das contas públicas saltou assim, de repente, de uns brutais (e oficiais) 8,6% para uns colossais 9,1%. O que dá a bela percentagem de 93% do PIB. E o pior é que esta mui triste história das parcerias público-privadas está apenas a começar...  Campeões, mesmo!

Entretanto o nosso cavaleiro andante da demagogia, perdão, primeiro-ministro, desdobra-se em declarações e em entrevistas televisivas onde insiste que tudo está bem e, por isso, acabará bem também. Com ele à frente do governo, claro está. Até porque a culpa disto tudo é ainda e sempre do PEC, ou melhor, do seu chumbo por parte dos mauzões da oposição. Aliás, o tom das entrevistas é, primeiro, de donzela que viu a sua honra manchada pelo atrevimento da oposição em questionar a sua mais que óbvia desgovernação e, depois, de um tal optimismo que convence até os mais cépticos. Só nos falta saber é se os patrões da Europa (Merkel & Cª) se deixam convencer através dos enviados do FMI.

Claro que o bom povo português – quem, afinal, vai ter que pagar todos estes desvarios e respectivos juros – continua a acreditar, ainda e sempre, nos belas tiradas de José Sócrates. E a melhor prova disso são as sondagens que, a poucas semanas das eleições legislativas, começaram novamente a dar vantagem ao PS em detrimento do PSD. Contudo, observando os tiques de Passos Coelho (o tom mavioso da voz, os maneirismos, a pose, etc. etc) e, sobretudo, o seu enorme esforço para passar a imagem de uma espécie de anjo redentor caído na sacristia, ninguém pode levar a mal. No fundo, parece-me que o povo continua muito agarrado à velha sentença popular - Mais vale o mau conhecido que o bom por conhecer - e às suas variantes: Mal com ele, pior sem ele ou Mal conhecido com o seu dono morre.
No dia 5 de Junho, logo veremos como é que o país vai ficar: se mal, ou se pior.
 
Até lá, as sondagens e a sua respectiva evolução podem ser seguidas aqui

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