ou, pelo menos, um dos filme possíveis para descrever a confusão em que a minha minha vida se tornou de há uns anos a esta parte, poderia muito bem ser este extraordinário "Almoço a 15 de Agosto" (Pranzo De Ferragosto, 2008), de Gianni Di Gregório. De um momento para o outro, o protagonista (Gianni, um desempregado de meia-idade bloqueado por ciscunstâncias que não consegue controlar) vê-se rodeado de "velhinhas simpáticas e levadas da breca" que transformam a sua vida num caos e põem à prova a sua capacidade de resistência. Filme surpreendente do cinema contemporâneo italiano (tão pouco conhecido por cá) que aborda as questões da velhice e da solidão de uma forma quase poética, para além de estar maravilhosamente bem feito. É, verdadeiramente, uma pérola. Agradeço a sua descoberta à Pat que, ao saber da minha azáfama familiar (quase um filme, também, daqueles italianos neo-realistas), me deixou o dvd na gaveta da sala de professores com a recomendação de que o visse pois ia gostar. Foi uma pausa amena e bem vinda na angústia quotidiana das corridas para o hospital. É bom saber que há por aí pessoas com um coração como o do Gianni (ainda que só nos filmes...).
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