Durante algum tempo foi incapaz de perceber o verdadeiro alcance da atitude que tomou naquele noite de um sábado ainda pouco outonal. Passados alguns meses, quando o distanciamento temporal e afectivo lhe permitiram também uma maior objectividade de análise chegou às seguintes conclusões:
a) libertou alguém que há já muito tempo ansiava pela sua partida;
b) apaziguou muitas angústias e inseguranças manifestadas por familiares próximos;
c) pessoas mais ou menos conhecidas, e entretanto reencontradas, disseram-lhe que fez bem, que está melhor assim;
d) os amigos, embora sempre tivessem contado com a sua presença e apoio, manifestaram contentamento com a sua ainda maior disponibilidade.
Por a, mais b, mais c e mais d concluiu que, se tomou a decisão acertada para tanta gente, então, naquela noite de finais de Outubro, também deve ter tomado a melhor decisão possível para si própria. Além disso, ficou até surpreendida por verificar como, de uma assentada, conseguiu deixar tanta gente contente.
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