Talvez cansadas da agitação de Lisboa algumas gaivotas sobrevoam agora o Alqueva trazendo a maresia no pio estridente que atravessa o ar da tarde. Cruzam os céus sobre o Grande Lago, certamente intrigadas pela quieta ondulação das águas, pelo adocicado da brisa, pela ausência de areia nas margens. Vêm, movidas talvez pela curiosidade, pelo fascínio do que é novo e diferente e regressam depois ao litoral e ao mar salgado. Um dia, provavelmente, virão para ficar trazendo na memória "o céu de Lisboa" como no poema-canção de Alexandre O'Neill.
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