Nos tempos de um já muito decadente império romano, quando o povo começava a dar mostras de insatisfação com a governação do senado e ameaçava revoltar-se, o imperador oferecia-lhes “panem et circenses”, isto é, pão e circo, às vezes durante um mês inteiro, para acalmar os ânimos. Ora é justamente o que, cada vez mais, me parece que está a contecer por cá desde meados de maio onde os 'festivais' se sucedem em catadupa: ele foi o Papa, agora é o Rock in Rio, depois virá o Mundial e a seguir desfilarão festivais e festas um pouco por todo o país ao longo de todo o verão. Haverá de tudo para todos os gostos (por aqui a biodiversidade não está em perigo). É possível começar agora a perceber a dimensão da crise que nos atinge e como, de facto, o governo é cuidadoso nestas coisas, procurando não deixar nenhum descontente de fora. Isto tudo, é claro, porque o mundo mudou 'numa semana”, melhor 'em três semanas', não, afinal, parece que foi 'num mês'...
Se o mundo continuar a mudar a este ritmo é que não sei como vai ser. Haverá possibilidade de introduzir ainda mais festivais e diversão no calendário?
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