terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Quando dizer é pensar ou fazer

O poder simultaneamente factitivo e performativo que as palavras têm sobre nós é algo de fascinante e assustador: uma única palavra consegue às vezes tocar-nos tão fundo que abala as nossas convicções, desconstrói-nos o raciocínio e desfaz os pré-conceitos mais enraizados. É o sentido bíblico do verbo/palavra como poder criador: "E no princípio era o Verbo". Por elas somos  levados a fazer e a dizer coisas impensadas, ou até aí impensáveis, capazes de mudar o rumo da nossa vida para sempre, tanto no bom, como no mau sentido.

As palavras do campo semântico de amor têm quase todas esta dupla face. São mesmo das mais poderosas e perigosas do dicionário. Devem, por isso, ser usadas com muita precaução para evitar acidentes. É também o que nos conta esta breve, mas muito intensa, história de Quino.

 
In Sim... Meu Amor!