para te desamar preciso desarmar o coração
fazê-lo em peças até que a raiva escorra pelos poros
peá-lo para que não possa prosseguir caminho
afogá-lo na dor até ficar dormente
para te desamar preciso desarmar a vontade
cerrar os maxilares até asfixiar as lembranças
secar as lágrimas até que a boca
saiba a terra queimada
para te desamar preciso de me desarmar
até tudo o que antes fazia sentido não o fazer mais
até deixar de saber quem era então ou o que fazia ali
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