Há pouco, no supermercado, em frente da florista, uma fila de homens com o ar compenetrado de quem está a cumprir escrupulosamente um dever: o de se lembrarem, uma vez por ano, que têm “namorada” e de lho dizer recorrendo, para tal, a umas “florzinhas”, para serem mais “convincentes” que, depois, já só daqui a um ano é que se repete o teatro (um homem passa por cada uma, francamente!)
No entanto, a ideia de poder adquirir num qualquer supermercado, alguns "pés de amor", embrulhados e enfeitados com um laçarote colorido, não deixa de ser ironicamente apelativa. Claro está que, produzidos em estufa, não duram muito, mas sempre enfeitam a casa e a alma. Tal como as flores que hoje se oferecem às namoradas…