Aqui há dias tive uma interessante conversa sobre a importância da autoestima e da autoconfiança. Segundo a minha interlocutora, na dose certa, ambas são fundamentais para o desenvolvimento de uma personalidade equilibrada, para estarmos bem connosco e com os outros e para encararmos o mundo de uma forma mais positiva e optimista. Quando tal acontece, o mundo também olha para nós de forma diferente, pois, ao que parece, as pessoas com autoestima e autoconfiança elevadas fazem-se respeitar muito mais pelos outros. Já os fracassos sucessivos (a nível pessoal, profissional ou familiar) de pessoas com baixa autoestima e autoconfiança não só agravam o problema, como se tornam numa espécie de ciclo vicioso que é difícil quebrar. Ainda segundo a minha sábia interlocutora, os níveis individuais de ambas determinam em muito o tipo de coisas que nos acontecem na vida, explicam o tipo recorrente de pessoas com quem nos vamos cruzando e, claro está, as consequências disso tudo para nós e para a nossa vida.
Não me foi difícil concluir que eu própria preciso de fazer alguma coisa para, pelo menos, disfarçar a minha notória carência de ambas as coisas (autoestima e autoconfiança) e cheguei à seguinte «teoria»:
TESE
Ter níveis elevados de auto-estima é muito importante para que nos aconteçam coisas positivas.
ANTÍTESE
Ter níveis baixos de auto-confiança faz com que coisas menos boas (ou mesmo nada boas) nos aconteçam.
SÍNTESE
Enquanto a verdadeira metamorfose zoomórfica que me permitirá enfrentar quase com indiferença uma verdadeira "parada de ferozes pastores alemães" não me acontece, acho que talvez seja boa ideia começar por objectivos menos ambiciosos (é que mudar assim, de repente, uma vida inteira não é fácil!).
Uma pequena transformação, algo assim do tipo “coelho inofensivo na pele de felino feroz”: se me sentir incomodada, rosno, se me sentir ameaçada, mordo primeiro e pergunto depois. E, se mantiver um ar sério até pode ser que alguém acredite que é verdade. Eu, por exemplo.
Uma pequena transformação, algo assim do tipo “coelho inofensivo na pele de felino feroz”: se me sentir incomodada, rosno, se me sentir ameaçada, mordo primeiro e pergunto depois. E, se mantiver um ar sério até pode ser que alguém acredite que é verdade. Eu, por exemplo.