Às vezes, acordada no silêncio nocturno, regresso à velha dor. Aquela que ficou quando uma parte de mim se perdeu lá longe, num tempo muito distante. É um hábito inútil bem o sei. Contudo, é necessário para fazer dentro de mim própria uma espécie de prova de vida. É que, na aridez solitária dos dias, só a dor que ainda sou capaz de sentir me diz que, afinal, continuo viva.