sábado, 4 de setembro de 2010

Dias lisos e quentes

Dias lisos e quentes de verão ainda sem fim anunciado. Dias agridoces em que apetece mas não apetece. Dias vastos como um pego de águas paradas. Dias que se sucedem iguais em monocromia e em monotonia. Dias lisos na expectativa de alguma coisa que parece sempre prestes, mas que não chega nunca a contecer. Dias lisos, mas nem sempre de lisura, apenas de oportuna escorreiteza. Dias quentes mas nunca incendiários. Apenas dias lisos na penumbra morna e parada da casa. Apenas dias.