Dou voltas e voltas, quase sempre à volta dos mesmos lugares e das mesmas pessoas, enredando-me nos dias e no assombro das noites.
Dou voltas e voltas, mas volto quase sempre ao que fui naquele lugar triste da infância de onde, às vezes, parece que nunca saí. Naquilo que verdadeiramente importa, e apesar das voltas e reviravoltas, volto quase sempre a esse lugar onde parece que a minha alma em vez de ganhar pés para andar – como deveria – ganhou raízes e, por isso, ficou impossibilitada de seguir em frente.
Dou voltas e voltas, quase sempre à volta das mesmas e obsessivas palavras para concluir, afinal, que a vida é feita muito mais de círculos que de ciclos.