Ao engenhoso verso prefiro o (re)encontro marcado pela antecipação (im)paciente da expectativa. Às sonantes estrofes prefiro a quentura da mão sobre outra mão. Ao eco das rimas prefiro a ansiedade do beijo que se entranha nos lábios. Aos palavrosos sonetos prefiro a maresia da transpiração que alastra sobre a pele. Ao vistoso fraseado retórico prefiro o mudo entendimento dos corpos que se confundem no vórtice dos sentidos enredados.
Sem qualquer hesitação, de amor, prefiro os gestos às palavras e os beijos aos poemas.