Queria-te para seres o porto de abrigo dos meus tão escassos recreios, o fiel depositário das minhas abreviadas alegrias.
Queria-te para seres o companheiro das minhas loucuras mansas, o interlocutor das minhas ternuras descabidas.
Queria-te para seres o companheiro das minhas loucuras mansas, o interlocutor das minhas ternuras descabidas.
Queria-te para viver, nem sequer um dia de cada vez, mas apenas um momento de cada dia
Queria-te para seres, às vezes, o ouvido das minhas palavras mais ou menos vãs, o ombro das minhas lágrimas silenciosas.
Queria-te para seres, às vezes, o ouvido das minhas palavras mais ou menos vãs, o ombro das minhas lágrimas silenciosas.
Queria-te para seres o final feliz das minhas atribuladas deambulações.
Queria-te como és para me aceitares como sou, sem cobranças e sem desconfianças.
Queria-te, apenas.
Mas querer-te não bastou.
Faltou tu quereres.
Faltou tu quereres-me. Faltou sempre querer entre nós.
Em suma, faltou tudo. E, por isso, o nosso querer morreu à míngua.