Parece que em 1996 o produtor Nick Gold e os guitarristas Ry Cooder e Eliades Ochoa sonharam promover um encontro musical entre músicos de Cuba e do Mali, o qual nunca chegou a acontecer porque não foram emitidos os vistos necessários para que estes últimos pudessem entrar em Cuba. Resolveram então avançar para um projecto alternativo a que chamaram Buena Vista Social Club. Esta reunião de ´glórias "sénior" da música cubana foi um enorme sucesso a nível global e, em consequência, a música cubana nunca mais deixou de dominar o panorama da world music.
No entanto, o ambicioso projecto inicial não ficou esquecido e 16 anos depois tomou forma sob a designação de AfroCubism e dele o crítico Luís Maio diz que "será sempre comparado a "Buena Vista", mas o seu trunfo é sacudir essa pressão, mantendo-se fiel a um programa de cruzamento entre sonoridades acústicas, ancestrais e eminentemente rurais. É o son e a guaracha, típicas dos trovadores de Santiago de Cuba, ao encontro do blues do deserto e do reportório dos griots do Mali, misturados para além dos seus lugares comuns." (in Ípsilon, 22/10/2010). Será de facto tudo isto mas, para mim, é sobretudo um dos melhores discos que ouvi nestes últimos tempos. Não consigo parar de o ouvir, mesmo enquanto trabalho. A cada nova audição descubro sonoridades em que ainda não tinha reparado antes. É um verdadeiro exemplo de como a multiculturalidade pode ser uma coisa extraordinária, desde que misturada com talento. E todos estes músicos o têm, e muito.
No entanto, o ambicioso projecto inicial não ficou esquecido e 16 anos depois tomou forma sob a designação de AfroCubism e dele o crítico Luís Maio diz que "será sempre comparado a "Buena Vista", mas o seu trunfo é sacudir essa pressão, mantendo-se fiel a um programa de cruzamento entre sonoridades acústicas, ancestrais e eminentemente rurais. É o son e a guaracha, típicas dos trovadores de Santiago de Cuba, ao encontro do blues do deserto e do reportório dos griots do Mali, misturados para além dos seus lugares comuns." (in Ípsilon, 22/10/2010). Será de facto tudo isto mas, para mim, é sobretudo um dos melhores discos que ouvi nestes últimos tempos. Não consigo parar de o ouvir, mesmo enquanto trabalho. A cada nova audição descubro sonoridades em que ainda não tinha reparado antes. É um verdadeiro exemplo de como a multiculturalidade pode ser uma coisa extraordinária, desde que misturada com talento. E todos estes músicos o têm, e muito.
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