M.C. Escher - "Relativity"
A soma dos dias acerca dos quais podemos afirmar sem pudor que vivemos plenamente é, de facto, muito breve.
Já a conta dos dias que nos limitamos a atravessar, apressados, esperando sempre que amanhã seja diferente, é bastante maior.
Ao total obtido é ainda necessário subtrairmos os dias que ficam às vezes espetados na memória como incómodas espinhas, pois a estes nem sequer é fácil sobreviver. E, depois deles, o verbo viver assume outros significados, o que nos obriga a fazer de novo as contas.
No fim quantos dias ficam?...
Talvez seja melhor não fazer contas destas...